segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Abstinência



Abs-ti-nên-cia. A-B-S-T-I-N-Ê-N-C-I-A. É sempre bom você tentar entender sobre um assuto antes de se meter a falar sobre ele. É complicado você querer falar de algo sem entender, sem ter vivido, presenciado, sofrido.

O que não é exatamente meu caso. Eu sei o que abstinência porque o Aurélio me disse, disse no pé do ouvido que é algo assim como falta, ausência, privação. No outro pé do ouvido, Lalande (1993), disse pra mim que "A abstinência é a renúncia voluntária à satisfação de um desejo ou necessidade". Pois eu discordo desse último. Discordo em gênero, número e grau. Eu já vivi a abstinência tempo bastante pra saber: ela não é voluntária.

Não é da minha vontade consciente e racional me abster de coisas que eu gosto. Principalmente de sexo. Não é nada legal e não tem nada de voluntário em se privar de sexo, não comigo. Passam-se dias, semanas, meses... ai, que crise! Eu fico me perguntando: por que será que é tão difícil???

Tá bom, eu sei que homem tá escasso no mercado, mas nem umazinha de vez em quando pra aliviar o stress??? Cadê vocês homens desinteressados que só querem umazinha, one night stand, sem compromisso???

O tempo passa, a "secura" aumenta e você começa a ver tudo com outro olhos e a essa altura do campeonato tudo aborrece, o leite que derrama na geladeira, a tartaruga do trânsito que tem que ficar justo na sua frente, aquele professor bolha da faculdade que só pega no seu pé (em outras partes ninguém quer pegar). O estranho é que seu corpo começa a falar por você, a boca que fica seca quando você vê alguém se beijando, os olhos que se fixam num par de ombros largos correndo na rua, as mãos que suam ao menor contato com alguma "vítima" em potencial, a barriga se arrepia, a nuca se ouriça, o quadril esquenta... desses todos, o quadril é o pior. Quando chega nesse estágio ou você arruma umazinha ou sobe pelas paredes porque você sabe né, hips don't lie (é, essa foi fraquinha!).

E depois de toda essa conferência corporal surge a pergunta: homens, como vocês não conseguem enxergar isso?? Como vocês não conseguem ouvir um corpo feminino gritandooooo por sexo?? Só falta a gente sair gritando de verdade: "Ei, tô aqui! Quem quer um pedaço??" Vocês não querem ver a gente se humlihar assim né? (Por favor, digam que não!!!!!)

Vocês têm que ler direito nossos sinais sutis. Por exemplo: hoje quando eu saí, coloquei meu melhor decote, e .... e nada!!!! NA-DA!!!! Nem um fui-fui, nem uma olhadinha de lado, nem... nada!!! E olha que eu estou muito mais pra bonita do que pra feia.

Vamos garotos, aprendam a nos interpretar, garanto que se vocês conseguirem "ler" aquela gostosa que senta do seu lado na alula de inglês você consegue alguma coisa com ela. Pra isso basta prestar atenção, ler na entrelinhas, surpreender!!!! Assim vocês vão ser mais felizes e vão nos deixar mais felizes!!! Colocando um fim na abstinência todo mundo vai ser mais feliz (pelo menos todo mundo que sofre por causa dela).
Tudo bem que eu disse que é sempre bom entender algo antes de falar, mas eu juro que sobre esse algo eu gostaria de falar só bobagens, por não saber o que dizer.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Pra começar...



Não faz muito tempo que eu queria escrever. Não faz muito tempo que eu queria ser lida por muitas e muitas pessoas. Sempre fui melhor com as palavras escritas, do que faladas.

Não faz muito tempo que eu queria mostrar pra todo mundo o que eu gosto de escrever, mas o medo sempre foi bem mais forte. Uma grande amiga minha é a culpada por hoje vocês estarem lendo isso, ela sabe quem é. Então, você-que-sabe-quem-é, se ninguém se agradar dos meus textos eu mando buscarem satisfações com você (hehehe). Mas falando sério, agora vejo que ela estava com razão. De alguma forma me sinto mais livre, capaz de explorar possibilidades infinitas, com o poder pra expressar até aqueles pensamentos mais profundos que você não confessa nem pro seu espelho.

É angustiante a idéia de se expor, ainda mais quando isso acarreta, inevitavelmente, em julgamentos. Você fica com medo deles... oras, pessoas estranhas estão acompanhando você fazer aquilo que mais ama na vida, o que te dá mais prazer... vai dizer que isso não dá aquele frio na barriga e uma vontade louca de se esconder?

Ah, espera um pouco, eu já fiz isso!! (hehehe)

Confesso sim que morro de medo que alguém me diga: "Colega, desiste. Desiste enquanto é tempo". É, é cômico sim, mas também é trágico. Ou você acha que só porque eu não assino meu nome verdadeiro eu não fico gelada de ansiedade? Ou que, de alguma forma, isso não está encravado até as raízes no meu dia-a-dia.

Você deve estar se perguntando: "Quem é ela pra achar que essa divagação é interessante?" ou no mínimo: "Quem é ela pra achar que sabe o que eu estou pensando?". O que eu acho mesmo, e sei, é que nada nunca me pareceu tão certo. Finalmente poder expressar tudo isso.

Agora eu posso tentar alcançar o maior número possível de pessoas , como eu sempre quis. Agora eu já me expus, mesmo que nem tanto, e não tem mais como volta atrás.

É agora ou nunca! Eu escolho agora.

Sinta-se muito bem vindo e acolhido no meu Intrépido blog, que pode ser que seja ou não atualizado todo dia. Isso vai depender da audácia das minhas palavras de serem mais fortes que eu, e correrem pra cá quase que sozinhas.

Obrigada a todos que passarem por aqui.